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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2023.tde-16072024-183550
Documento
Autor
Nome completo
Fernanda Silva e Sousa
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2024
Orientador
Banca examinadora
Natali, Marcos Piason (Presidente)
Silva, Fabiana Carneiro da
Silva, Jorge Augusto de Jesus
Silva, Mario Augusto Medeiros da
Título em português
A terrível beleza cotidiana do negro drama: uma leitura com e contra o arquivo da escravidão dos diários de Lima Barreto e Carolina Maria de Jesus
Palavras-chave em português
Carolina Maria de Jesus
Escravidão
Lima Barreto
Literatura negra
Rap
Resumo em português
Esta é uma tese de doutorado que visa colaborar para a construção de uma teoria literária e literatura comparada que esteja em diálogo com o arquivo da escravidão, reconhecendo seus efeitos, limites e possibilidades para a leitura, análise e interpretação de textos literários de autoria negra. Defendo, em resposta à violência antinegro, a necessidade de uma ética do cuidado que se baseie em um gesto especulativo, imaginando o que não está nos textos, mas que pode ser pensado a partir deles, como propõe Saidiya Hartman em relação ao arquivo da escravidão, a pesquisa se baseia na leitura de Diário íntimo e Diário do hospício, de Lima Barreto, e de Quarto de despejo: diário de uma favelada e Casa de alvenaria: diário de uma ex-favelada, de Carolina Maria de Jesus. Assumindo a experiência de ser negro como eixo estruturante desses escritos e, consequentemente, a impossibilidade de abordar essa experiência sem remontar ao passado da escravidão, os diários são situados no arco de uma tradição literária e intelectual afrodiaspórica que desafia as fronteiras entre escravidão e liberdade, arte e vida, narrativa e experiência. Nesse processo, a música Negro drama, dos Racionais MCs, lançada no álbum Nada como um dia após o outro dia, é a ferramenta teórica para a elaboração da categoria negro drama, pensada tanto como a experiência vivida do negro quanto como as diferentes formas de narração dessa experiência, aproximando depoimentos de escravizados, livres e libertos, canções de artistas negros brasileiros e textos literários de autoria negra, sobretudo Amada, de Toni Morrison. Considerando a música Negro drama como uma narrativa atravessada por ambivalências, tensões e dilemas que dão forma à condição existencial da população negra, Lima Barreto e Carolina Maria de Jesus são interpretados como parte de um vasto coletivo de homens e mulheres negras que lutaram pelo direito à vida em todas as suas dimensões, de maneira que os anseios, desafios, sonhos que se apresentam nos diários podem ser ampliados por meio da conexão com outros modos de narrar o negro drama, que se tornam fundamento de uma sobrevivência que passa pela reivindicação e experimentação da beleza no cotidiano em meio a uma experiência de terror. Assim, numa leitura com e contra o arquivo da escravidão, Lima Barreto e Carolina Maria de Jesus emergem como dois sobreviventes da violência racial que narraram em seus diários, em tom menor e no privado, a terrível beleza do negro drama que os Racionais MCs puderam gritar, a plenos pulmões, em 2002, ecoando as vozes daqueles que resistiram e daqueles que não sobreviveram
Título em inglês
The terrible everyday beauty of black drama: a reading with and against the archive of slavery about the diaries of Lima Barreto and Carolina Maria de Jesus
Palavras-chave em inglês
Black literature
Carolina Maria de Jesus
Lima Barreto
Rap music
Slavery
Resumo em inglês
This dissertation aims to contribute to the shaping of a literary theory and a comparative literature in dialogue with the archive of slavery, recognizing its effects and limits and the possibilities for reading, analyzing and interpreting literary texts by black authors. Defending the need for an ethics of care in response to anti-black violence that is based on speculative literary criticism, I imagine and reflect on what is not in the texts, but can be thought of from it, as Saidiya Hartman proposes in relation to the archive of slavery. The research is based on the reading of Diário íntimo and Diário do hospício, by Lima Barreto, and Quarto de despejo: diário de uma favelada and Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada, by Carolina Maria de Jesus. By assuming the experience of being black as the axis of these writings and, consequently, the impossibility of talking about this experience without approaching the past of slavery, the diaries are situated in an Afrodiasporic literary and intellectual tradition that challenges the boundaries between slavery and freedom, life and art, narrative and experience In this process, the song Negro drama, by Racionais MCs, released on the album Nada como um dia após o outro dia, is the theoretical tool for think about the category black drama, seen both as the lived experience of black people and as the different ways of narrating this experience, bringing together testimonies from enslaved, free and liberated people, songs by black Brazilian artists and literary texts by black authors, especially Amada, by Toni Morrison. Considering the song Negro drama as a narrative crossed by ambivalences, tensions and dilemmas that shape the existential condition of the black people, Lima Barreto and Carolina Maria de Jesus are understood as part of a huge collective of black men and women who fought for right to life in all its dimensions. In that sense, the desires, challenges and dreams that appear in the diaries can be expanded through connection with other ways of narrating the black drama, which become the ground of a survival that involves claiming and experimenting beauty in everyday life in the midst of a an experience of terror. In a reading with and against the slavery archive, Lima Barreto and Carolina Maria de Jesus emerge as two survivors of racial violence who narrated in their diaries, in a minor tone and in the private sphere, the terrible beauty of the black drama that the Racionais MCs were able to scream, at the top of your lungs, in 2002, echoing the voices of those who resisted and those who did not survive
 
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Data de Publicação
2024-07-16
 
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